A aprovação, na generalidade, da proposta de alteração dos estatutos do Benfica apresentada pela Direção acabou por ficar ofuscada, ou perder algum mediatismo, face à decisão de Fernando Seara se demitir durante a última Assembleia Geral dos encarnados, realizada no sábado.
O presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG), cargo mais alto na hierarquia do clube, deixou o pavilhão em silêncio, não justificou a sua decisão, mas O JOGO sabe que a mesma se explica pelo entendimento do dirigente de que foi atingido, de forma insultuosa, na sua dignidade pessoal, da própria função que exerce como líder máximo do Benfica e do próprio clube.
Fernando Seara apresentou a demissão depois de ter sido votado favoravelmente um um requerimento, apresentado pelo candidato às próximas eleições, João Diogo Manteigas, a pedir a suspensão e posterior adiamento da Assembleia Geral Extraordinária, que deveria ser marcada num espaço de 30 dias. Houve quem pensasse que Seara se teria sentido desautorizado com esta decisão dos sócios, mas o motivo era outro.
Na altura, nenhum dirigente presente na reunião percebeu que razões sustentaram a decisão de Fernando Seara se demitir das suas funções. Porém, a mesma deveu-se ao acumular de insultos de que o presidente da MAG foi alvo, com inúmeros impropérios disparados na sua direção, tal como já havia acontecido na anterior AG, de apreciação das contas, em que nem o presidente Rui Costa escapou à crítica em maus modos proferida por aquilo que Seara considera ser um grupo de sócios que está a ser instrumentalizado para tentar provocar demissões na liderança do clube.
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