Mafalda Castro revela humilhação que a obrigou a sair da TV

A apresentadora deu uma entrevista exclusiva à TV 7 Dias em que falou sobre o facto de estar afastada da TVI.

Tem saudades de trabalhar em televisão e na rádio?

Tenho saudades sim, tenho saudades de rádio. Televisão também tenho, mas também foi muito tempo a fazer muita coisa e está-me a saber bem este descanso. Mas, rádio tenho muitas saudades e o que sinto com a rádio é que temos que estar muito dedicados, porque o horário é bem mais puxado, e quero dar essa dedicação a cem por cento quando puder, e se a rádio me quiser obviamente, mas quero muito voltar numa altura em que consiga dedicar-me a cem por cento, que era o que eu não estava a conseguir fazer nos últimos tempos e por isso é que saí.

Deixou a rádio para se dedicar à família?

Tenho muito trabalho no digital e já não estava a conseguir conciliar tudo. Televisão, rádio, digital, já estava a ser muito difícil. Havia sempre uma que ficava para trás.

Deixou a televisão pelo mesmo motivo?

Não. Já não havia um projeto sem ser reality show. Houve ali uma altura em que esse projeto também deixou de haver para mim, portanto não fazia sentido continuar.

Mas é muito adepta de reality shows. Continua a assistir?

Este só vejo as polémicas. Acho que quando uma pessoa vive por dentro, tanto tempo tudo, faz bem às vezes ter um descanso, mesmo de ver, porque nunca dá para desligar o chip. Agora não estou a ver muito. Vi o de verão, da Maria Botelho Moniz, que foi incrível.

E gostava de voltar?

Sim, é sempre bom. Eu adoro mesmo fazer televisão, portanto quando me quiserem eu farei televisão, mas a verdade é que este projeto já fiz durante muito tempo.

Não se sentiu triste quando o projeto na TVI terminou para si?

Não fiquei triste. Fiquei meio com saudades logo, porque era a equipa com que estava todos os dias, é o hábito, mas triste não fiquei. Sei que faz parte. Eu choro sempre na despedida, eu fico com saudades daquilo. Sinto muita adrenalina com os reality shows, não sei explicar. Há ali uma bolha, vivemos muito intensamente, mesmo quem faz o programa. É o que eles sentem lá dentro, o que dizem cá fora, é muito polémico, mesmo nos dias mais calmos é polémico e uma pessoa vive aquilo com muita intensidade e parece, de repente, quando há pausas ou acaba fica um vazio na nossa vida, e era isso que eu sentia entre cada edição.

O que gostava de fazer em televisão?

Gostava de fazer alguma coisa diferente, não sei o quê em especifico. Não há nenhum formato que veja agora e diga: ‘É mesmo isto, adorava fazer isto’. Mas, acho que uma pessoa também se adapta aquilo que lhe oferecem. Os nossos projetos de sonho podem não ser propriamente a televisão, pode ser na rádio, num outro sítio qualquer, no digital, mas acho que também nos adaptamos ao que nos oferecem e ao que vai aparecendo.

Sempre teve uma boa relação com Cristina Ferreira. Continuam a falar?

Sim. Eu, a Maria [N.R.: Botelho Moniz], o Cláudio [N.R.: Ramos] também, sempre nos demos bem, independentemente de sermos ou não colegas. Sempre falei com a Cristina, com a Maria Cerqueira Gomes, com o Cláudio, com a Botelho, numa ótica deles me ensinarem coisas. Às vezes interpretarem a mesma situação por mim, eles ajudavam-me sempre, e sempre agradeci muito esta forma como eles me receberam e ficámos amigos dessa forma.

Há oportunidade prometidas?

Não há promessas. Mas, também não gosto de promessas. Gosto que me apresentem as coisas e começar a trabalhar logo, normalmente é assim que funciona. Quando quiserem que eu trabalho no dia a seguir estou pronta.

Que balanço faz deste ano?

Foi ótimo, não só a nível pessoal como também no campo profissional. Consegui fazer muitas coisas que queria e espero que o próximo seja tão bom quanto este.

E o que deseja fazer em 2026?

Gostava de viajar com o meu filho, ainda não tive tempo. A nível profissional gostava muito de conseguir fazer, mais uma vez, alguma coisa com o podcast em que sentisse que as pessoas estavam envolvidas.