Um menino de nove anos sofreu uma amputação das pontas de três dedos, na segunda-feira, 10 de novembro, dentro da Escola Básica de Fonte Coberta, em Cinfães, distrito de Viseu, na sequência de uma alegada agressão pela parte de colegas, que já tinham sido acusados de fazer bullying à criança.
O caso foi denunciado pela mãe do aluno, Nívia Estevam, nas redes sociais, depois de ter apresentado queixa à Polícia de Segurança Pública (PSP), CPCJ e Ministério Público (MP).
De acordo com Nívia, o filho já tinha sido alvo de vários episódios de importunação dentro da instituição, que pertence ao Agrupamento de Escolas de Souselo. O menino queixava-se não só dos insultos por parte dos colegas, como também de agressões físicas, como puxões de cabelo e pontapés e até "enforcamento".
Nívia já tinha, inclusive, feito várias reclamações na escola devido a esta perseguição ao filho, mas garante as queixas foram sempre desconsideradas e que não foram tomadas quaisquer medidas.
Até que, na segunda-feira, 10 de novembro, a situação escalou. Ao site brasileiro Opera Mundi, Nívia revelou que tudo aconteceu no intervalo da manhã, quando o filho foi à casa de banho. Dois colegas perseguiram-no e fecharam a porta na mão do menino, causando o esmagamento e amputação das pontas dos dedos.
"Ele disse-me que ficou desesperado, a sangrar muito, e que fez força para a porta abrir, mas não conseguiu porque as crianças seguravam. No instinto de sobrevivência, o meu filho arrastou-se por baixo da porta, gritando por ajuda, enquanto as crianças corriam também. Quando uma funcionária o encontrou, devido a gravidade das lesões, acabou por se sentir mal e não conseguiu prestar socorro, chamou outra colega de trabalho", contou a mulher que vive há 8 anos em Portugal e há cinco meses em Viseu.
Nívia explica ainda que quando lhe ligaram da escola não informaram sobre a gravidade das lesões. A mulher só percebeu a dimensão do problema quando estava na ambulância com o filho, a caminho do Hospital de São João, no Porto.
Além de acusar a escola de não ter tomado "nenhuma atitude" antes deste episódio acontecer e de não ter acionado a polícia perante "a gravidade da situação" ocorrida na segunda-feira, a mãe do menino de nacionalidade brasileira critica o facto de o sangue ter sido "limpo" rapidamente e de não terem "guardado os pedaços de dedo" para serem implantados.






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